Ser um para depois ser dois

Por que é tão difícil pensarmos primeiro na gente numa relação a dois? Por que a relação ou o parceiro são sempre mais importantes que nós? Com certeza esse é um dos maiores motivos de tantas separações.

Vamos ver se achamos uma resposta para isso: quando vivemos a vida do outro,  suas dores,  seus problemas e seus pensamentos, estamos evitando nosso mundo, nossos problemas, nossas dores, e o resultado disso num relacionamento é que viramos a metade de nós mesmos e ainda levamos um pé no traseiro por que ficamos bambos, sem base e até sem personalidade. E é exatamente disso que devemos escapar.

O que devemos buscar hoje? Uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar. A nova forma de amor tem nova feição e significado. Visa à aproximação de dois inteiros e não a união de duas metades. E ela só é possível para aqueles que conseguirem trabalhar sua individualidade.

Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva. A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. E, o amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável, pois nesse tipo de ligação há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito de ser amado.

JONIA RANALI

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *