Boa parte dos bebês portadores de Síndrome de Down tem intestino preso. Isso se deve à hipotonia – diminuição do tônus geral dos músculos, uma de suas características marcantes. Mesmo bebês alimentados exclusivamente com leite materno podem ter dificuldades em expelir as fezes. Uma leve massagem na região abdominal, sempre no sentido horário, ajuda a estimular o movimento intestinal. Abrir as fraldas e dobrar as perninhas sobre a barriga repetidas vezes, ajuda.
Quando as fezes saem ressecadas demais, com grande esforço do bebê, os pais devem falar com o pediatra, pois existem alguns remédios, como óleos minerais para lubrificar as paredes intestinais e que não são absorvidos pelo organismo e devem ser dados fora do horário das refeições e vitaminas, pois diminuem temporariamente a absorção das vitaminas. Esses óleos não são prejudiciais, ou podemos também usar supositórios, que não devem ser de uso frequente ou constante.
Outro item sobre bebês com essa síndrome e que os ajuda bastante é pendurar brinquedos ou móbiles sobre o berço, pois estes estimulam a visão e a atenção. Alternar sempre o tipo e a cor dos objetos pendurados é importante, assim como retirar o excesso de cores quando o bebê vai dormir, para que ele tenha um bom período de descanso.
Outra dica bem legal e valiosa para o dia a dia é carregar o bebê “de frente para o mundo” e não com o rosto voltado para trás ou para quem o carrega. Nenhum bebê sente-se estimulado com uma “parede” diante dos olhos. Também é difícil entender um mundo que “foge” dele ao invés de vir ao seu encontro. Isso se aplica ainda aos portadores de berços excessivamente altos ou muito fechados, que atrapalham uma visão mais ampla do meio.
Qualquer bebê “guardado numa caixa fechada” demora mais para responder aos estímulos, mas isso é particularmente ruim para os bebês com Síndrome de Down.
JONIA RANALI