Uma crença é uma informação significativa que é fundamental para a nossa sobrevivência.
Existem dois tipos de crenças, uma palavrinha tão usada ultimamente. Temos as que são desenvolvidas à partir de experiências e que serão um aprendizado que levaremos para toda a vida e outras que são colocadas em nosso emocional através dos vínculos com os pais, os vínculos sociais, os culturais e os religiosos, e nelas todas nos baseamos para tomar decisões e para manter ou modificar um determinado padrão de comportamento.
Mas, nem sempre e constantemente refletimos, ou temos quem nos mostre a razão de adotarmos uma ou outra crença e o por que elas ocupam tanto nosso emocional.
A crença é um elemento que quando bem analisado pode revelar a forma como vemos e interpretamos o mundo ao nosso redor e é um instrumento de auto conhecimento valioso, pois necessário se faz refletirmos sobre o que acreditamos, sobre as nossas crenças pessoais. Tem algumas que com certeza vale a pela manter, pois são constituintes de nossa personalidade e outras com as quais temos que trabalhar para eliminar por serem perniciosas. Nessas últimas incluímos aquelas que nos remetem a uma falta de amor e de abandono na infância que em sua maioria não são reais.
Esse tema das crenças é muito importante pois promove a nossa volta “para dentro de nós” e a verificação e compreensão de que até que ponto elas estão limitando a nossa vida, adiando a nossa felicidade por serem desproporcionais à realidade, pois geralmente as crenças ditas maléficas surgem em momentos de debilidade emocional, traumas, choques. E, depois que tudo passa nós “esquecemos” ou não temos condições de desfaze-las. Elas, por vezes, são mecanismos de defesa momentâneos para nossa proteção temporária, e naquele adequado momento não tínhamos como filtrar essa informação.
Precisamos pensar sobre o pensar. Existem pessoas que acreditam que jamais mudarão sua forma de pensar, mas ao parar e refletir de forma comprometida, honesta e verdadeira conseguem a tão almejada mudança. Para tanto é necessária uma real e inteira entrega ao processo de reflexão.
A Psicanálise vai aos poucos trabalhando com os pacientes nesse sentido e chega à mudança do comportamental. Com o pensar dirigido e acompanhado, tudo fica mais fácil.
Das crenças pode resultar muita ansiedade e tristezas que estão arraigadas, e quando o desejo é melhor viver, em tudo dentro de nós precisamos pensar e sem medo de censuras internas. A função do analista é ajuda-lo nesse processo de autoconhecimento e avaliação pessoal e as boas crenças serão conservadas e as disfuncionais eliminadas, ou com menos efeito em suas vidas.
Espero ter ajudado a que cada um a se compreenda melhor.