Mãe depois dos 35 anos?

Uma espécie benéfica de surto vem atingindo as mulheres de nossos dias. O que? Um número cada vez maior de mulheres est…á adiando para a meia idade seus planos de ter filhos. Depois dessa idade, perante a medicina essas gatas já entraram na idade considerada de maior risco para a gravidez.

Na década de 50, as mulheres se casavam muito cedo e tinham seus filhos entre 18 e 25 anos. Nessa época ter filhos depois dos 25 anos significava risco de vida – para a mãe e para o bebê, e os próprios médicos desaconselhavam as mulheres a engravidar nessa faixa etária. Há cinquenta anos uma mulher de quarenta já era avó. Mas, atualmente um número cada vez maior de mulheres tenta retardar mais a gravidez.
As mães tardias são um fenômeno mundial e isso é resultado de uma brutal mudança de comportamento que está redesenhando a família no mundo inteiro. Há vários motivos para isso: um deles é a realização da mulher em sua carreira profissional. Um bom estudo com pós graduação só estará concluído por volta dos 25 anos da mulher e depois faz-se necessária uma boa experiência no mercado de trabalho para consolidar uma carreira profissional bem sucedida. E além disso a mulher tem oportunidade de aproveitar um período da juventude no qual em outros tempos estaria envolvida com fraldas e mamadeiras.
Hoje, entre vinte e quarenta anos a mulher quer firmar-se como profissional, ganhar independência, ter tempo para as viagens, o romance, o sonho.
Mulheres maduras são melhores mães, pois não se sentem roubadas no seu tempo de juventude.
As mulheres de quarenta anos enfrentam nos partos os mesmos riscos que as de vinte. O que aumenta é o risco do bebê ter algum tipo de malformação congênita. O motivo é que ao contrário do que ocorre com homens, cujos espermatozoides são sempre renovados, as mulheres produzem óvulos uma só vez e com a idade eles vão envelhecendo.

As mães maduras cuidam mais de seus corpos e seus filhos também serão mais saudáveis e bem cuidados, e as crianças ganham muito mais com a maior segurança afetiva e emocional dos pais, que terão mais disponibilidade para eles e podem neles pensar com mais segurança e tempo disponível. E, podem dar aos filhos melhores escolas e lazer e conforto material.
Retardar o nascimento de filhos é mais comum em famílias de maior renda e instrução.
Neste século, graças aos avanços da medicina na prevenção e na cura de doenças a expectativa de vida quase dobrou, e atualmente uma mulher pode ter um filho aos 35 ou 40 anos e ainda restarão outros 40 para orientá-lo e educá-lo até bem depois de atingida a idade adulta.
JONIA RANALI – Psicanalista – Docente em Psicanálise e Palestrante

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